quarta-feira, 24 de julho de 2024

A Bela e a Fera

Após o sucesso de “A Pequena Sereia” a Disney voltou a errar com uma seqüência tardia de “Bernardo e Bianca”. Não era o momento para algo assim, pois havia um consenso de que o estúdio deveria ter avançado em suas animações inovadoras como havia acontecido em “A Pequena Sereia”. Felizmente para os fãs as coisas voltaram aos eixos com esse “A Bela e a Fera”. Com o avanço da tecnologia o estúdio produziu uma animação que realmente deixou seus espectadores de queixo caído. O nível técnico desse filme foi considerado perfeito em seu lançamento. Havia cenas de grande perfeccionismo, como por exemplo, na cena de dança entre a bela e a fera. A trama era baseada no livro escrito por Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont. Um príncipe é amaldiçoado e se torna uma besta, uma fera de aspecto assustador e terrível. Para tentar voltar a ser um jovem e belo príncipe novamente ele terá que conquistar o amor e o coração de uma jovem chamada Bela pois caso contrário se tornará uma fera para sempre.
   
O filme foi considerado uma obra prima e causou tamanha repercussão na crítica que conseguiu ganhar uma indicação ao Oscar de melhor filme do ano! Um feito inédito até então. Outro ponto de destaque foi a parte musical da animação. Assim como aconteceu com “A Pequena Sereia” aqui temos uma trilha sonora primorosa composta pelos talentosos Howard Ashman e Alan Menken. Ashman infelizmente não viu seu trabalho concluído pois morreria de AIDS precocemente. Seu trabalho porém foi considerado tão excelente que conquistou a chamada tríplice coroa pois "Beauty and The Beast" foi premiado pelo Oscar, pelo Grammy e pelo Globo de Ouro, os três principais prêmios da indústria cultural nos EUA. Em termos de bilheteria o filme foi ainda mais bem sucedido do que “A Pequena Sereia” chegando a praticamente o dobro da bilheteria conquistada por aquele filme. Um sucesso absoluto. Revisto hoje em dia “A Bela e a Fera” mantém o encanto. É uma daquelas animações definitivas que mudaram a forma como os longas de animação seriam encarados dali em diante. Não há outra conclusão, é uma obra prima belíssima e perfeita. Um esplendor.

A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, Estados Unidos, 1991) Direção: Gary Trousdale, Kirk Wise / Roteiro: Linda Woolverton, baseado na obra de Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont / Elenco (vozes): Robby Benson, Paige O'Hara, Richard White, Jerry Orbach / Sinopse: Um príncipe é amaldiçoado e se torna uma besta, uma fera de aspecto assustador e terrível. Para tentar voltar a ser um jovem e belo príncipe novamente ele terá que conquistar o amor e o coração de uma jovem chamada Bela pois caso contrário se tornará uma fera para sempre. Vencedor dos Oscars de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Beauty and the Beast"). Vencedor do Globo de Ouro nas categorias Melhor Comédia ou Musical, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Canção Original ("Beauty and the Beast"). Vencedor do Grammy nas categorias Melhor Álbum Infantil, Melhor Performace Musical Pop, Melhor Composição Instrumental, Melhor Canção ("Beauty and the Beast") e Melhor Performance Instrumental Pop.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de julho de 2024

Paixão de Ocasião

Título no Brasil: Paixão de Ocasião
Título Original: Picture Perfect
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Glenn Gordon Caron
Roteiro: Arleen Sorkin, Paul Slansky
Elenco: Jennifer Aniston, Jay Mohr, Kevin Bacon

Sinopse:
Kate (Jennifer Aniston) trabalha no ramo publicitário, é focada, determinada e muito empenhada em crescer na empresa mas nunca é devidamente reconhecida. Seu patrão a considera jovem demais, além de pouco resolvida emocionalmente, uma vez que não tem namorado e nem um relacionamento sério. Para resolver esse impasse Kate resolve arrumar um falso noivo de aluguel, Nick (Jay Mohr), com o objetivo de impressionar seu chefe a finalmente lhe dar a tão almejada promoção.

Comentários:
O argumento é meio batido mas até que o filme é simpático. Jennifer Aniston está bem jovem nessa pequena comédia romântica que passou meio batida quando foi lançada. Nem precisa ser Phd em cinema para entender também que a fita foi realizada para aproveitar a popularidade de Aniston na série "Friends" que estava no ar, batendo recordes de audiência. Até essa época ela não tinha feito nada de importante no cinema, a não ser talvez o bem intencionado "Alma de Poeta, Olhos de Sinatra". Para quem já tinha aparecido em um trash como "O Duende" até que era uma mudança e tanto. Assim a produção se tornou uma das primeiras tentativas da atriz em colocar um pezinho na sétima arte, coisa que ela até hoje vem tentando, diga-se de passagem. No geral não há nada demais por aqui, apenas a curiosidade de ver Jennifer tentando encontrar um novo rumo em sua carreira. Para os fãs de "Friends" vale a espiada.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Para Sempre Cinderela

Título no Brasil: Para Sempre Cinderela
Título Original: Ever After
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Susannah Grant, Andy Tennant, Rick Parks
Elenco: Drew Barrymore, Anjelica Huston, Dougray Scott

Sinopse:
Releitura moderna do  famoso conto infanto-juvenil de Cinderela, camponesa simples que se apaixona por um príncipe encantado, que não desistirá de procurar seu verdadeiro amor até finalmente encontrá-la novamente.

Comentários:
Cinderela já virou animação clássica, comédia com Jerry Lewis e mais uma infinidade de produtos dirigidos ao mercado do público infanto-juvenil. Essa é mais uma versão do famoso conto. Em um mundo cheio de plumas e paetês acompanhamos a estória de Danielle de Barbarac (Drew Barrymore). Ela cresce como empregada doméstica da madrasta após o falecimento precoce de seu pai. Para piorar o que já era ruim ainda sofre uma série de humilhações de sua meia-irmã mais velha, a nada simpática Marguerite (Megan Dodds). Sofrendo os mais diversos maus tratos era de se esperar que ela criasse uma personalidade depressiva e melancólica mas não é o que acontece. Esbanjando esperança e otimismo em um futuro melhor ela acaba conhecendo seu príncipe encantado, Harry, durante um baile para as moças nobres da corte. A festa é elaborada justamente para que o príncipe exerça seu direito de escolher sua futura noiva. E ele se encanta justamente com a bela e doce  Danielle. O problema é que ele não sabe que ela na verdade é uma simples camponesa.

Curiosa releitura da famosa estória de conto de fadas Cinderela. Esse é um projeto bem pessoal da atriz Drew Barrymore que na década de 1990 resolveu investir no milionário gênero das comédias românticas. Investindo em um tom mais moderno a produção funciona em certos aspectos para em outros cair de forma desastrosa na pura e simples pieguice. De certa forma esse tipo de personagem exige uma intérprete que tenha uma certa áurea pessoal de romantismo e inocência, duas características que definitivamente não fazem parte da história de vida de Drew Barrymore, uma das mais famosas baladeiras e beberronas de Hollywood, isso sem falar nas drogas pesadas. Esse é o grande problema de “Para Sempre Cinderela” pois acreditar que a porra louca da Drew é uma inocente e meiga camponesa romântica não é nada fácil. Por essa razão o encantamento certamente se desfaz muito rapidamente, principalmente para quem é mais informado sobre os bastidores de Hollywood, seus escândalos e fofocas. A produção, por outro lado, é de bom gosto, temos que reconhecer e por isso o filme não se torna intragável. De qualquer modo para quem gosta do mito de Cinderela, o filme pode soar pelo menos como uma curiosidade interessante.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de julho de 2024

Penetras Bons de Bico

Algumas comédias se notabilizam pela simplicidade. Idéias simples que acabam dando muito certo, geralmente rendendo enredos divertidos e agradáveis sem qualquer pretensão. E quando encontram os atores certos então tudo saiu maravilhosamente bem. Foi justamente o caso desse “Penetras Bons de Bico”, um filme despretensioso, com uma idéia muito simples por trás do argumento que caiu no gosto do público, rendendo uma excelente bilheteria. Credito esse sucesso em particular ao ótimo dueto de atores, Owen Wilson e Vince Vaughn. Convenhamos os dois são ótimos nesse tipo de papel, a do sujeito muito cara de pau que só pensa mesmo em se dar bem, conquistando o maior número de gatas disponíveis para depois cair fora rasteiramente. Machismo? Bom, algumas mulheres podem até mesmo se sentir ofendidas pelas “táticas” aplicadas pelos dois cafajestes mas no final também se renderão ao ótimo bom humor que permeia toda a estória.

E afinal do que se trata o filme? John e Jeremy (Owen Wilson e Vince Vaughn, respectivamente) são dois caras que querem se dar bem com as mulheres. Entre as técnicas mais utilizadas por eles está a paquera de mulheres solteiras em casamentos. Afinal elas ficam muito sensibilizadas nesse tipo de evento. Se tornam presas fáceis. Como praticamente nunca são convidados para essas festas resolvem entrar de penetras mesmo, com a maior cara de pau possível, geralmente se fazendo passar por parentes distantes que afinal ninguém se lembra. Obviamente a última coisa que passa por suas cabeças é assumir qualquer tipo de compromisso com essas garotas. Tudo gira apenas em torno da diversão completamente descompromissada. O filme é isso, uma sucessão de festas de casamento onde os dois vão entrando sem convites, apenas com a lábia. Conquistando uma garota aqui, outra acolá, eles geralmente acabam sumindo no dia seguinte, sem deixar qualquer rastro, é claro! Recentemente Vince Vaughn esteve no programa de Ellen DeGeneres para anunciar a nova parceria com o mesmo Owen Wilson. O novo filme se chamará no Brasil “Os Estagiários” e contará a estória de dois caras que vão estagiar no Google! Espero que seja tão divertido como esse filme aqui!

Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers, Estados Unidos, 2005) Direção: David Dobkin / Roteiro: Steve Faber, Bob Fisher / Elenco: Owen Wilson, Vince Vaughn, Rachel McAdams, Camille Anderson, Diora Baird, Will Ferrell, Jane Seymour / Sinopse: Dois caras de pau entram em todas as festas sem convites, como penetras, para conquistar as garotas solteiras dos casamentos.

Pablo Aluísio. 

sábado, 6 de julho de 2024

O Rei da Água

Título no Brasil: O Rei da Água
Título Original: The Waterboy
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Frank Coraci
Roteiro: Tim Herlihy, Adam Sandler
Elenco: Adam Sandler, Kathy Bates, Henry Winkler, Fairuza Balk, Jerry Reed, Lawrence Gilliard Jr

Sinopse:
Bobby Boucher (Adam Sandler) é considerado um bobão pelos jogadores de futebol americano onde ele é apenas um auxiliar, o encarregado de dar água aos atletas. Sua sorte muda quando o treinador de um time rival decide escalar ele como jogador. E então Bobby se torna uma estrela do esporte.

Comentários:
Todo filme com Adam Sandler é ruim? Depende. Isso vai da cabeça de cada um, do tipo de filme que o espectador está esperando assistir. É a tal coisa, o Sandler foi um campeão de bilheteria nos Estados Unidos, o que bem demonstra que seu tipo de humor é apreciado em seu país. No Brasil ele nunca foi muito popular, embora vários de seus filmes tenham sido lançados nos cinemas, em circuito comercial. Nunca fizeram muito sucesso, mas bem que as distribuidoras tentaram. Esse aqui não é dos piores, tem até seus momentos divertidos, mas no geral segue sendo o típico filme de Adam Sandler, ou seja, um roteiro bem mais ou menos tentando tirar humor de situações nem tão engraçadas assim. Além disso como o filme explora o mundo do futebol americano e os brasileiros não dão a menor bola para esse esporte as coisas realmente ficam complicadas. No geral é uma "Sessão da Tarde" sem muita inspiração e é só.

Pablo Aluísio.