domingo, 30 de julho de 2023

O Panaca

O Panaca
Esse pode ser considerado o primeiro filme de Steve Martin no cinema. Antes disso ele era mais conhecido por suas apresentações no palco em cidades como Chicago, Nova Iorque e Los Angeles e por aparições em programas de TV como Saturday Night Live nas noites de sábado, um dos mais assistidos dos Estados Unidos. Então a oportunidade apareceu para Martin quando um conhecido produtor resolveu lhe convidar para atuar nessa comédia. Não era, como muitos pensavam, um remake de um antigo filme de Jerry Lewis. Era um roteiro novo que procurava seguir por outros caminhos. 

Na história Steve Martin interpretava um jovem muito ingênuo do interior que ia para a cidade grande em busca de oportunidades. Sua ingenuidade iria se revelar seu maior defeito, mas também sua maior qualidade, o que o faria subir na vida, em busca de fama e fortuna. É uma boa comédia, mas para os padrões atuais poderia ser até mesmo um pouco ofensiva, principalmente como retrata as pessoas que moram em cidades do interior. 

O Panaca (The Jerk, Estados Unidos, 1979) Direção: Carl Reiner / Roteiro: Steve Martin, Carl Gottlieb / Elenco: Steve Martin, Bernadette Peters, Catlin Adams / Sinopse: Homem do interior, muito ingênuo, sem experiência e vivência de vida, vai morar na cidade grande, onde passa por muitas situações divertidas, engraçadas, mas também perigosas. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Jogos de Guerra

Título no Brasil: Jogos de Guerra
Título Original: WarGames
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Badham
Roteiro: Lawrence Lasker, Walter F. Parkes
Elenco: Matthew Broderick, Ally Sheedy, John Wood

Sinopse:
David (Matthew Broderick) é um jovem com muito talento para o mundo da informática que acaba descobrindo uma maneira de entrar no computador central do sistema de segurança do governo americano. Uma vez lá, ele percebe que se quiser poderá até mesmo dar origem a uma guerra nuclear entre União Soviética e Estados Unidos. Filme indicado aos Oscars de Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia e Melhor Som.

Comentários:
Um clássico da guerra fria. Assim de forma bem singela poderíamos definir esse "WarGames", um filme que captou como poucos o clima de paranóia que estava no ar durante os anos do governo Reagan. Por décadas o mundo viveu o temor de presenciar uma guerra nuclear entre as duas maiores potências militares da época. Agora imagine se tudo acontecesse por causa de um adolescente, que adentrasse o sistema de defesa, e começasse uma guerra real a partir da invasão dos computadores de alta segurança do Pentágono! Afinal de contas o mundo informatizado ainda dava pequenos passos nos anos 1980. Curiosamente o evento mostrado no filme, embora seja mera ficção, quase aconteceu de fato durante uma invasão ao mesmo sistema mostrado no filme. Isso aliado a um bom roteiro e a um clima muito bem recriado garante o interesse em "WarGames" mesmo nos dias de hoje. Foi o primeiro filme de repercussão de um ainda quase adolescente Matthew Broderick que, apesar da pouca idade, já dava sinais de que se tornaria um astro nos anos que viriam. Um bom resumo de uma época que já não existe mais.

Pablo Aluísio.


domingo, 23 de julho de 2023

Popeye

Título no Brasil: Popeye
Título Original: Popeye
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Walt Disney Productions
Direção: Robert Altman
Roteiro: Jules Feiffer
Elenco: Robin Williams, Shelley Duvall, Ray Walston, Paul Dooley, Paul L. Smith, Richard Libertini

Sinopse:
Adaptação para o cinema das aventuras do personagem de histórias em quadrinhos chamado Popeye. Ele é um marinheiro apaixonado pela Olivia Palito (Shelley Duvall), mas antes precisa enfrentar as trapaças do vilão Brutus (Paul L. Smith), inimigo de Popeye que também quer a mão de Olivia, sua grande paixão.

Comentários:
Popeye foi criado pelo cartunista E.C. Segar na década de 1920, ou seja, é um personagem antigo que está perto de completar 100 anos de sua criação. Ele sempre foi muito ideal para cartoons, desenhos animados e tirinhas em quadrinhos. Porém adaptar tudo isso para o cinema, em um filme com atores de carne e osso, sempre foi um desafio muito grande. E isso se refletiu ao longo dos anos. Durante décadas esse foi projeto foi adiado justamente por causa desses problemas de adaptação. Porém no começo dos anos 1980 a Disney (que detinha os direitos autorais do personagem) se aliou aos estúdios da Paramount para vencer esse desafio. O resultado podemos conferir nessa produção. OK, Robin Williams era um comediante talentoso e ele sem dúvida é a melhor coisa do filme, mas não há como negar que a coisa toda ficou meio estranha. O mais bizarro é que o diretor Robert Altman preferiu ir para o lado caricatural da coisa e aí... o resultado ficou pior ainda. Aliás quem teve a ideia de colocar Altman para dirigir esse filme? Não havia nome mais inadequado para dirigir um filme como esse do que ele. Diretor de filmes de arte, cults, dirigindo filme sobre Popeye? Não fez o menor sentido. Assim temos um filme que merece aplausos pela coragem dos envolvidos, mas que no final das contas não conseguiu adaptar as aventuras do marinheiro Popeye da forma que todos esperavam. Confirmou-se a velha ideia de que ele era mesmo inadaptável para o cinema.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

48 Horas

Título no Brasil: 48 Horas
Título Original: 48 Hrs
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: Roger Spottiswoode, Walter Hill
Elenco: Nick Nolte, Eddie Murphy, Annette O'Toole

Sinopse: 
Jack Cates (Nick Nolte) é um tira durão que tem 48 horas para contar com a ajuda do criminoso Reggie Hammond (Eddie Murphy) com o objetivo de capturar um assassino perigoso. A convivência entre o policial branco austero e o marginal negro malandro, dará origem a inúmeras aventuras enquanto ambos tentam achar o paradeiro do bandido procurado.

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da carreira de Eddie Murphy. Na época ele era apenas um promissor comediante do programa Saturday Night Live. O diretor Walter Hill resolveu apostar no ator após ver mais uma de suas engraçadas cenas no mais popular programa de humor dos Estados Unidos. Foi um acerto e tanto para Murphy pois o filme é realmente muito bom, um eficiente filme policial com muita ação e doses exatas de bom humor (afinal com Murphy em cena não poderia ser diferente). Essa fórmula inclusive seria lapidada e aprimorada depois no grande sucesso de Murphy nos cinemas, a franquia "Um Tira da Pesada". Afinal se formos comparar veremos bem que esse "48 Horas" é na verdade um ensaio do que viria depois na carreira do ator. Aqui ele já demonstra todo o seu talento, inclusive para improvisações, aliado a um roteiro esperto e cheio de cenas de ação bem feitas. O sucesso de bilheteria inclusive fez com que a Paramount entendesse que tinha um novo astro em suas mãos. Um contrato milionário foi fechado e Murphy deu adeus aos programas de humor da televisão. Nos anos que viriam ele cumpriria a promessa se tornando um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. É curioso rever "48 Horas" hoje em dia pode você claramente vai notar que embora o humor esteja lá ele é bem mais amenizado do que nos filmes posteriores de Murphy. O diretor não soltou tanto o comediante como ele poderia ser. De qualquer maneira era o começo de uma carreira cinematográfica das mais bem sucedidas do ponto de vista comercial. E pensar que tudo começou aqui, em apenas 48 horas!

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de julho de 2023

Splash - Uma Sereia em Minha Vida

Título no Brasil: Splash - Uma Sereia em Minha Vida
Título Original: Splash
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Ron Howard
Roteiro: Brian Grazer, Bruce Jay Friedman
Elenco: Tom Hanks, Daryl Hannah, Eugene Levy, John Candy 

Sinopse:
Allen Bauer (Tom Hanks) é um cara comum que vai levando sua vida até o dia em que encontra uma garota muito especial, Madison (Daryl Hannah). Ela certamente não se parece com as outras mulheres e isso é fácil de entender, Madison na verdade não é uma humana mas sim uma sereia! Quando era criança Allen havia sido salvo no mar por uma sereia mas com o passar dos anos se convenceu que tudo aquilo não passava de um sonho - que agora está prestes a se tornar realidade novamente.

Comentários:
Bom, todo mundo precisa começar a carreira de algum jeito. Com Tom Hanks foi com essa comédia muito simples chamada "Splash - Uma Sereia em Minha Vida". Se fosse depender do mercado de cinema ele certamente estaria em apuros já que o filme não fez qualquer sucesso nas bilheterias mas... o mercado de vídeo estava nascendo nos Estados Unidos e assim a fita VHS de "Splash" logo se tornou um dos primeiros sucessos de vendas nesse novo nicho de consumo. É a tal coisa, nem sempre o que não funcionava no cinema poderia ser descartado nas locadoras pois era certamente o tipo de diversão descompromissada que agradaria toda a família em sua própria casa. A produção é da Touchstone Pictures, que pertence aos estúdios Disney. Assim nada acontece de muito sério em cena, ficando tudo ali na comédia inofensiva, ao estilo pueril. O roteiro é fraquinho mas o elenco, esse sim carismático, segura as pontas perfeitamente. Hanks, jovem e disposto a vencer no mundo dos filmes, se empenha ao máximo para agradar mas quem acaba roubando a cena mesmo é a sereia Madison (Daryl Hannah). Ela viraria símbolo sexual e estamparia as capas de revistas por causa de seu longo e conturbado namoro com o filho de JFK. Até o bom comediante John Candy faz uma pontinha. Então é isso, tem curiosidade para ver como as pessoas se divertiam em casa com seus video cassetes durante os anos 80? Eis aí "Splash" para você sanar suas dúvidas.

Pablo Aluísio.