terça-feira, 31 de outubro de 2023

Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu 2

Título no Brasil: Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu 2
Título Original: Airplane II - The Sequel
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ken Finkleman
Roteiro: Ken Finkleman
Elenco: Robert Hays, William Shatner, Julie Hagerty, Lloyd Bridges, Chuck Connors, Peter Graves

Sinopse:
Um computador com defeito faz com que um ônibus espacial de passageiros vá direto para o sol. Será que Ted Striker conseguirá salvar o dia e colocar o ônibus espacial de volta nos trilhos - de novo? Sequência do sucesso "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu".

Comentários:
Se o primeiro filme fez tanto sucesso, por que não fazer uma sequência? A Paramount Pictures porém fez modificações. A mais sentida pelos fãs do filme original foi a saída do trio ZAZ, que havia roteirizado e dirigido o filme anterior. Além disso houve mudanças no elenco e em grande parte da equipe técnica. Muitos acreditaram que com tantas mudanças essa parte 2 iria afundar... mas não, devo dizer que essa continuação é tão engraçada quanto a parte 1. Aqui o escracho pareceu ser maior, onde outros filmes, além da franquia "Aeroporto" também foram satirizados. Além disso a modificação de um avião comercial de carreira por um ônibus espacial só demonstrava bem o tamanho da chacota. E como cereja do bolo havia ainda uma participação muito divertida do ator William Shatner. O ator que havia ficado marcado para sempre como o Capitão Kirk da série clássica de "Jornada nas Estrelas" demonstrava que também tinha talento para o humor. Enfim, uma comédia muito divertida, uma das melhores dos anos 80.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de outubro de 2023

A Fera do Rock

Jerry Lee Lewis tinha vocação para piromaníaco. Ele gostava mesmo era de tocar fogo nas coisas. Quando não estava no palco colocando fogo em seu piano, estava fora dele jogando gasolina nas chamas de sua carreira. Foi o mais incendiário artista da primeira geração do Rock ´n´ Roll. Lewis surgiu na Sun Records, a mesma pequenina gravadora de Memphis que revelou Elvis Presley. Tinha talento, ótima perfomance de palco e uma postura que reunia rebeldia, arrogância e ousadia. Seu sonho era um dia se tornar maior que o próprio Elvis! Após emplacar vários sucessos partiu para uma viagem à Inglaterra naquela que seria sua turnê de consagração. O futuro parecia promissor e brilhante. Infelizmente a imprensa britânica acabou com seus sonhos. Um jornalista descobriu meio que ao acaso que ele havia se casado com sua prima de apenas 14 anos. Isso bastou para que tudo viesse abaixo em pouco tempo. Lewis foi banido das rádios, seus shows foram cancelados e em pouco tempo ele viu tudo o que restava de sua outrora carreira virar literalmente cinzas. A vida do chamado “The Killer” é certamente das mais interessantes e curiosas da música americana e por isso em 1989 virou filme sob direção de Jim McBride, com Dennis Quaid no papel principal. Embora historicamente incorreto em alguns aspectos “A Fera do Rock”  é até hoje lembrado com carinho pelos fãs de musicais em geral.

A estética que foi escolhida foi bem technicolor, exagerada, vibrante, com linguagem das comédias românticas dos anos 50. A trilha sonora é uma delícia e reúne todos os grandes sucessos de Lewis no auge de sua carreira como Great Balls Of Fire, Whole Lotta Shakin’ Goin’ On, Crazy Arms e High School Confidential. É certo que Dennis Quaid está muito afetado na pele de Jerry Lee Lewis mas isso não tira o charme da produção. Uma jovem e talentosa Winona Ryder dá brilho ao elenco ao interpretar Myra Gale Brown, a prima adolescente de Lewis que acabaria sendo sua ruína. O elenco aliás está muito bem, com todos à vontade em seus respectivos personagens. O próprio Jerry Lee Lewis resolveu participar do clipe promocional do filme, cantando e tocando piano ao lado de Dennis Quaid. Tirando esse lado mais colorido da película a verdade pura e simples é que a vida de Lewis estaria mais para um drama pesado do que para uma comédia musical como essa. Eu entendo que os produtores não quiseram fazer nada baixo astral e ao invés disso optaram por celebrar o artista. Nada há de errado nisso. Só que se deve registrar que o que fizeram a Lewis durante muitos anos foi de uma crueldade imensa. Arrasaram com um artista talentoso apenas por uma questão de falso moralismo extremo. Ainda bem que Jerry Lee Lewis é acima de tudo um grande sobrevivente. Enfrentou todas as barras e conseguiu em vida ver sua estrela renascer novamente. Palmas para ele. O que fica é a certeza que Jerry Lee Lewis foi certamente um grande nome do Rock americano que merece todo o respeito e reverência. Um verdadeiro The Killer que marcou para sempre a música do nosso tempo.


A Fera do Rock (Great Balls of Fire!, Estados Unidos, 1989) Direção: Jim McBride / Roteiro: Jack Baran, Jim McBride baseados no livro de Myra Lewis e Murray Silver Jr./ Elenco: Dennis Quaid, Winona Ryder, Stephen Tobolowsky, Trey Wilson, Alec Baldwin / Sinopse: Cinebiografia do cantor de rock dos anos 50 Jerry Lee Lewis. Revelado pela Sun Records de Sam Phillips acaba tendo sua carreira destruída por ter se casado com sua prima menor de idade.

Pablo Aluísio

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

La Bamba

Cinebiografia do cantor americano de origem latina Ritchie Valens (1941 - 1959), cujo nome de batismo era Ricardo Esteban Valenzuela Reyes. Sua história é uma das mais trágicas da música norte-americana, pois morreu com apenas 17 anos em um acidente aéreo que vitimou também dois outros nomes famosos da primeira geração do Rock, Buddy Holly e Big Bopper. O acidente que chocou a nação ficou conhecido como o “dia em que a música morreu”. Dos três, Ritchie era o mais jovem e um dos mais promissores. Bom compositor e intérprete ele adaptou um velho sucesso latino “La Bamba” e com uma roupagem mais pop e rock alcançou uma excelente repercussão nas paradas de sucesso. Outros hits vieram como a romântica balada adolescente “Donna” e o bom rockabilly “Come On, Let´s Go”, uma das melhores músicas daquele período. Infelizmente tudo foi muito fugaz na vida de Valens, tanto que ele já estava praticamente esquecido na década de 80 quando o diretor, também de origem latina,  Luis Valdez, resolveu contar sua história no filme “La Bamba” que se tornou um grande sucesso em seu lançamento, fazendo sua trilha chegar aos primeiros lugares das paradas, só que desta vez sob novos arranjos e versões do grupo Los Lobos.

O roteiro é bem escrito e o filme tem boa estrutura, sempre mantendo a atenção mesmo o espectador sabendo de antemão tudo o que aconteceria na vida de Valens. O que vemos em cena é um jovem latino de origem humilde, louco por música, que sonhava um dia ser rico e famoso para ajudar sua família, formada por trabalhadores sazonais das plantações do sul da Califórnia. Assim como todo bom músico e compositor que se prezava, ele também tinha sua musa inspiradora, a bonita Donna Ludwig (Danielle von Zerneck), fonte de inspiração para várias de suas canções. Ritchie Valens é interpretado aqui pelo bom ator Lou Diamond Phillips em trabalho inspirado e com garra. Claro que a produção não é 100% fiel aos fatos históricos. Alguns detalhes não batem com a verdade dos fatos mas isso deve ser deixado de lado pois “La Bamba” é um filme tão carismático, tão redondinho que supera todas essas questões. No final das contas é uma bela homenagem a um jovem que sonhava ser ídolo da música para subir na vida através de sua arte e musicalidade. Além disso vai criar identificação imediata com os mais jovens pois esse é um sonho universal, até porque que adolescente nunca sonhou em um dia se tornar um rockstar? Uma pena que no caso de Ritchie Valens tudo tenha terminado em um terrível pesadelo.

La Bamba (La Bamba, Estados Unidos, 1987) Direção: Luis Valdez / Roteiro:Luis Valdez / Elenco: Lou Diamond Phillips, Danielle von Zerneck, Esai Morales, Elizabeth Peña, Rosanna DeSoto / Sinopse: Ritchie Valens é um jovem cantor que desponta nas paradas com sucessos como "La Bamba", "Donna" e "Come On, Let´s Go". Infelizmente sua escalada aos picos da fama será interrompida de forma trágica.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de outubro de 2023

Footloose

É um, digamos assim, clássico do cinema musical da década de 80. O enredo é simpático e o filme até hoje tem seus admiradores, a ponto inclusive de se produzir um remake recente (horrendo, por sinal). A estória foi levemente baseada em um fato real ocorrido numa cidadezinha do meio oeste americano. Após a morte de jovens numa noite de bebedeiras e farras o pastor local conseguiu convencer a comunidade a adotar uma atitude radical: proibir toda e qualquer festa com música entre jovens. Embora fosse obviamente um ato sem a menor base jurídica (basicamente uma afronta aos direitos individuais da juventude local) o fato é que a cidade comprou a idéia e assim a música, a dança e as festas públicas foram definitivamente banidas do local.

Footloose começa justamente quando um jovem de Detroit chega para morar na cidadezinha. Farrista, bom dançarino, ele logo fica espantado com a proibição e começa um movimento dentro da comunidade para a organização de uma grande festa, um baile de formatura. Bom, já deu para perceber que o roteiro abre muito espaço para música – e a trilha sonora se aproveita bem disso numa bela seleção de sucessos que estouraram nas rádios FMs em todo o mundo (inclusive no Brasil onde várias canções entraram nas principais paradas, marcando época para dizer a verdade). Footloose se tornou o primeiro grande sucesso da carreira do ator Kevin Bacon. Na época ele era apenas um notório desconhecido mas depois desse musical abriu seu próprio caminho dentro da indústria do cinema, estrelando ou participando como coadjuvante de grandes filmes e sucessos de bilheteria. Assim fica a dica de “Footloose” que ao lado de “Dirty Dancing” e “Flashdance” foi um dos maiores símbolos do cinema dançante da década de 80.

Footloose – Ritmo Louco (Footloose, Estados Unidos, 1984) Direção: Herbert Ross / Roteiro: Dean Pitchford / Elenco: Kevin Bacon, Lori Singer, John Lithgow / Sinopse: Jovem recém chegado numa pequena cidade tenta colocar abaixo uma proibição do pastor da comunidade que impede a realização de festas e danças entre jovens.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Flashdance

Esse é um filme símbolo de um momento na história do cinema em que se tentou revitalizar um de seus gêneros mais populares e queridos: os musicais. Durante décadas Hollywood criou vários clássicos insuperáveis no gênero mas a partir da década de 60 eles foram cada vez mais rareando. Na década de 80 houve uma tentativa muito interessante de trazer de volta à moda esse tipo de produção. Claro que novos tempos exigiam novas idéias e assim a fórmula dos antigos musicais foi completamente deixada de lado. Agora haveria uma nova maneira de fazer esse tipo de produção. Saem as cenas grandiosas, com números de dança e sapateado e entram os hits radiofônicos, envolvendo tramas mais amenas (diria até mesmo açucaradas) com sucessos FM tocando a todo tempo. “Flashdance” nesse aspecto foi bastante inovador. A mais forte influência veio obviamente das peças da Broadway mas sem a pretensão de fazer algo completamente igual. O próprio enredo de Flashdance era um adaptação do que se via bastante em Nova Iorque mas realizado de forma bem mais simples, procurando captar o jeito despojado dos jovens da época.

Com tantas inovações o filme obviamente caiu nas graças do público e arrebentou nas bilheterias. A trilha sonora também virou uma campeã de cópias vendidas. Mais um acerto do compositor e produtor Giorgio Moroder que fez de sua canção "Flashdance... What a Feeling" um das músicas mais executadas da década de 80. Além do sucesso comercial também acabou vencendo o Oscar e o Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original. "Maniac" também foi indicada ao Oscar. “Flashdance” virou o “produto perfeito” na visão da dupla de produtores Don Simpson e Jerry Bruckheimer uma vez que foi uma produção relativamente barata, sem grandes astros com cachês milionários, que acabou virando moda, influenciando a indústria do cinema e da música. Nada mal para um filme com roteiro simples, visual de videoclip e uma atriz que pouco sabia dançar (Jennifer Beals foi dublada em praticamente todas as cenas de dança do filme, algo que só foi revelado muitos anos depois deixando muitos fãs desapontados). Depois do êxito de “Flahsdance” as portas do chamado novo musical se abriram em Hollywood. Vieram em seqüência vários filmes como “Footloose”, “Dirty Dancing” e vários outros, todos tentando pegar carona na estética de “Flashdance”. A Paramount se uniu a Polygram e juntos tiveram lucros espetaculares, afinal o filme custou pouco, não havia grandes astros e nem grandes cachês envolvidos na produção e a bilheteria foi simplesmente formidável. Revendo hoje em dia é inegável constatar o envelhecimento da película, mas ao mesmo tempo o clima de nostalgia supera tudo isso. Poucos filmes são tão representativos da década de 80 como esse. Por isso se você estiver interessado na música e na moda daqueles anos não deixe de ver “Flashdance”, uma produção que é a síntese de toda uma era.

Flashdance (Idem, Estados Unidos, 1984) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Thomas Hedley Jr., Joe Eszterhas / Elenco: Jennifer Beals, Michael Nouri, Lilia Skala / Sinopse: O filme narra as lutas e desafios de uma jovem garota, Alex Owens (Jennifer Beals), que tem o sonho de se tornar uma grande dançarina. Para viabilizar seu objetivo de vida ela tem que se virar como pôde, inclusive aceitando trabalhar nos empregos que lhe aparecem pela frente.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de outubro de 2023

Dirty Dancing

Baby (Jennifer Grey) é uma adolescente que vai com os pais passar férias em um resort no começo da década de 60. Lá conhece o dançarino e professor de dança Johnny Castle (Patrick Swayze) e fica completamente apaixonada por ele. "Dirty Dancing" segue sendo lembrado como um dos melhores musicais da década de 80. Com boa trilha sonora e roteiro romântico caiu no gosto das jovens da época e se tornou um tremendo sucesso de bilheteria rendendo uma fortuna em seu lançamento. Todos os ingredientes estavam lá: a jovem apaixonada pelo empregado bonitão e atraente, muita dança e músicas de sucesso. Quando foi lançado o filme foi severamente criticado por ser fútil e sem conteúdo. Bobagem. "Dirty Dancing" conseguiu muito bem dialogar com o universo juvenil, mostrando os primeiros amores das adolescentes, com seus ideais românticos, tudo em um clima de nostalgia muito bem reconstituído na tela. Até o fato da estória se passar na década de 60 caiu muito bem. No final a produção conseguiu agradar não só as jovens que iam ao cinema como também suas mães que ficaram com nostalgia de sua própria juventude.

Em essência o filme é uma diversão descompromissada que deve ser encarada dessa forma. Patrick Swayze no auge do sucesso e juventude encontrou o papel síntese de toda sua carreira. Bom bailarino, carismático e boa pinta ele logo se transformou no modelo de namorado que toda garota gostaria de ter em 1987. Não demorou muito para virar ídolo jovem tendo seu rosto estampado em posters que as adolescentes colavam nas paredes de seus quartos. Depois do sucesso de "Dirty Dancing" ele teve uma carreira de altos e baixos até sua morte precoce em 2009. Já Jennifer Grey, a Baby, não conseguiu se firmar na carreira. Após o sucesso de "Dirty Dancing" fez uma cirurgia plástica desastrosa em seu rosto pois não gostava do formato de seu nariz. O problema é que a cirurgia acabou mudando sua imagem e quando tentou voltar ao cinema ninguém mais a reconhecia! Sem espaço no cinema acabou indo para a TV onde fez vários telefilmes. Em suma é isso, "Ditty Dancing" é nostálgico, romântico e até mesmo cativante. Certamente pode ser considerado bobinho e inofensivo mas isso não é demérito pois nem todo filme tem a obrigação de mudar o mundo, muitas vezes a mera diversão já é mais do que bem-vindo e nesse aspecto não há o que discutir, o filme é divertido e leve. Se ainda não assistiu dê uma chance ao Ritmo Quente.


Dirty Dancing - Ritmo Quente (Dirty Dancing, Estados Unidos, 1987) Direção: Emile Ardolino / Roteiro: Eleanor Bergstein / Elenco: Patrick Swayze, Jennifer Grey, Jerry Orbach, Cynthia Rhodes / Sinopse: Baby (Jennifer Grey) é uma adolescente que vai com os pais passar férias em um resort no começo da década de 60. Lá conhece o dançarino e professor de dança Johnny Castle (Patrick Swayze) e fica completamente apaixonada por ele.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

De Volta Para o Futuro

Resolvi rever "De Volta Para o Futuro" hoje! Ainda continua tão divertido e legal como da primeira vez que assisti há muitos anos. Confesso que o que mais senti falta foi da dublagem original (assisti legendado). Isso porque apesar de sempre preferir filmes legendados aqui o caso é diferente. Quando se passa a infância assistindo filmes dublados como esse ficamos com apego àquelas vozes. Os dubladores brasileiros realmente fizeram um trabalho maravilhoso em "De Volta Para o Futuro", principalmente nas dublagens de Marty McFly e Doc Brown. Ouvir as vozes originais dos atores americanos não foi tão legal, devo admitir. Senti falta mesmo, o que é compreensível pois adorava rever o filme na Globo na Sessão da Tarde, por exemplo. Coisa parecida também acontece com "Curtindo a Vida Adoidado" - a gente cresce assistindo ao filme dublado e aquelas vozes fazem uma falta danada quando assistimos à versão original, legendada. 

Mas voltando ao filme: esse tem um dos roteiros mais redondinhos que já vi. Nada é gratuito e todas as peças se encaixam maravilhosamente bem. Claro que por ser uma aventura infanto juvenil dos anos 80 ninguém aqui vai pedir por profundidade ou conteúdo. "De Volta Para o Futuro" é pura diversão mesmo, tem um clima de anos 80 que vai encher muito marmanjo de saudades. E pensar que o filme já tem  quase 40 anos! Puxa vida! Quer voltar para o passado? Que tal rever "De Volta Para o Futuro"? Garanto que será mesmo uma viagem no tempo...

De Volta Para o Futuro (Back To The Future, Estados Unidos, 1985) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale / Elenco: Michael J Fox, Christopher Lloyd, Crispin Glover / Sinopse: Matin McFly (Michael J. Fox) é um adolescente da década de 80 que acaba voltando 30 anos no tempo, indo parar em 1955, quando seus pais, ambos jovens, estão começando a se relacionar. Clássico da filmografia dos anos 80.

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de outubro de 2023

Curtindo a Vida Adoidado

Curtindo a Vida Adoidado
Quando os filmes de John Hughes eram lançados na década de 80 eles nunca eram levados à sério, até porque eram em sua maioria comédias juvenis mostrando aspectos da vida dos jovens daqueles anos. Hoje em dia a obra de John Hughes sofre uma justa revisão e finalmente tem ganho status de bom cinema, realmente relevante. Sim, é cultura pop em essência, mas cultura pop de ótima qualidade. Um exemplo é esse filme que muito provavelmente seja o mais famoso da filmografia de Hughes. 

A estória, muito simpática por sinal, gira em torno de um dia na vida do estudante colegial Ferris Bueller (Matthew Broderick). Cansado da vida entediante da escola ele resolve matar aula. Finge estar doente para seus pais e sai para um dia de curtição ao lado do amigo hipocondríaco Cameron (Alan Ruck) e da namoradinha Sloane (Mia Sara). A partir daí tudo pode acontecer, com o carro do pai de Cameron eles saem por Chicago em busca de divertimento e festa. O filme é até hoje um dos mais queridos do grande público porque foi tão reprisado na Sessão da Tarde que virou um tipo de ícone dos filmes sobre adolescentes - para muitos seria mesmo o melhor filme adolescente de todos os tempos. O roteiro esperto e com clima jovial escrito por John Hughes brinca o tempo todo com a figura carismática de Ferris que desfila na tela vários "pensamentos" profundos, que no fundo apenas mostram a chatice da escola, a escolha por curtir melhor a vida e é claro fazer de bobos todas as autoridades escolares.

É curioso que Hughes tenha captado tantas nuances juvenis em uma comédia tão despretensiosa como essa. No fundo ele apenas adaptou algumas coisas de sua própria vida pessoal. Vivendo em Chicago ele, como todos os estudantes do mundo, também sentia necessidade de uma vez ou outra dar uma escapada do colégio, de seus professores chatos e do tédio avassalador que impera ainda hoje em nosso atrasado e obsoleto sistema educacional. Ferris é jovem, divertido, irônico e só quer mesmo aproveitar o dia da melhor forma possível, mesmo que para isso faça todos os adultos de bobocas. O elenco encontrou em Matthew Broderick não só um talentoso ator como também um tipo ideal para viver o safo Ferris. O elenco de apoio também é destaque e alguns jovens que fariam grande sucesso depois como Charlie Sheen e Jennifer Grey tem pequenos papéis mas bem significativos. Em suma, "Curtindo a Vida Adoidado" é aquilo mesmo que se propõe, uma crônica bem humorada na vida de um estudante colegial dos anos 80. O filme certamente resistiu bem ao tempo e hoje é tão divertido e simpático como foi há 20 anos em seu lançamento.

Curtindo a Vida Adoidado (Ferri's Bueller Day Off, Estados Unidos, 1986) Direção: John Hughes / Roteiro: John Hughes / Elenco: Matthew Broderick, Alan Ruck, Mia Sara, Charlie Sheen, Jeffrey Jones. Jennifer Grey, Charlie Sheen / Sinopse: Ferris Bueller (Matthew Broderick) é um estudante de saco cheio da escola que resolve se fazer passar por doente para matar a aula e sair para um dia em busca de diversão e festa ao lado do amigo e da namorada.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Ace Ventura: Um Detetive Diferente

Título no Brasil: Ace Ventura: Um Detetive Diferente
Título Original: Ace Ventura: Pet Detective
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Entertainment
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Jack Bernstein, Jim Carrey
Elenco: Jim Carrey, Courteney Cox, Sean Young

Sinopse:
Para ser um detetive de animais de estimação, você precisa entender tanto os criminosos quanto os animais. Ace Ventura vai ainda mais longe... Ele se comporta como um animal criminoso. Quando o mascote de um time de futebol (um golfinho) é roubado pouco antes do Superbowl, Ace Ventura é colocado no caso. Agora, quem iria querer roubar um golfinho e por quê?

Comentários:
A primeira vez que ouvi falar em Jim Carrey foi quando esse filme foi lançado no Brasil. Antes disso sua carreira se resumia em pequenas participações em filmes que ninguém viu e enquetes de humor em programas de TV no Canadá. Aqui o comediante chamou atenção por causa de seu humor físico. Afinal ele exagerava nas caras, bocas e caretas. Estava ocupando de certa maneira o trono vazio de Jerry Lewis. E acabou se dando bem nesse aspecto até porque fora a atuação do Carrey nada mais chama a atenção nessa comédia juvenil que no geral é muito fraquinha mesmo. Depois do sucesso desse filme nas locadoras, Jim Carrey finalmente viu as portas de Hollywood se abrirem para ele. Acabaria fazendo tanto sucesso que se tornaria um dos dez maiores salários da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Nada mal para um comediante careteiro! 

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de outubro de 2023

Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu

Título no Brasil: Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu
Título Original: Airplane!
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jim Abrahams, David Zucker
Roteiro: Jim Abrahams, David Zucker
Elenco: Robert Stack, Leslie Nielsen, Lloyd Bridges, Robert Hays, Julie Hagerty, Kareem Abdul-Jabbar,

Sinopse:
Durante uma viagem de avião, um dos pilotos morre, causando um grande caos entre a tripulação e os passageiros. Caberá agora a uma jovem aeromoça a complicada tarefa de pousar aquele enorme avião no aeroporto mais próximo. Salve-se quem puder! Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - comédia ou musical. Também indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor roteiro.

Comentários:
Sem favor algum digo que esse foi o maior e melhor besteirol já produzido por Hollywood. Uma obra prima assinada pelo talentoso trio ZAZ (formado pelos irmãos Zucker e por Jim Abrahams). Eles foram geniais ao criarem essa sátira mordaz aos filmes da franquia "Aeroporto" que era um dos maiores sucesssos dos anos 70 e 80. Curiosamente esse filme de certa forma enterrou os filmes de "Aeroporto" porque depois dele ninguém mais levou à sério aquela linha de cinema catástrofe. Outro aspecto interessante é que o ZAZ escalou um elenco de atores que não eram comediantes. Todos os principais nomes do elenco era formado por veteranos sérios do cinema nos anos 50. Inclusive Leslie Nielsen, que depois desse filme encontrou um novo rumo na carreira, estrelando uma série sem fim de filmes nesse mesmo estilo. Comédias desmioladas que satirizavam grandes sucesso de cinema. O sucesso foi tão grande na época que uma sequência foi logo filmada e lançada logo em seguida. Era uma novidade completa, pois não havia filmes produzidos nesse esquema. Era algo inovador e muito divertido. Hoje em dia o filme de certa maneira perdeu parte de sua força porque foi imitado por anos. Além disso os mais jovens não conhecem mais os filmes da marca "Aeroporto". Mesmo assim devo dizer que as piadas funcionam, sem sua maioria, mesmo revisto hoje em dia. Enfim, uma comédia para ter na coleção, um ótimo momento do humor dos Estados Unidos. Hilário e até hoje imperdível.

Pablo Aluísio.